12
Out 08

O documentário 'Maddie - A verdade da mentira'

O livro ‘Maddie – A Verdade da Mentira’ é o ponto de partida para um documentário que começa a ser filmado no Algarve já no próximo dia 20. Gonçalo Amaral, coordenador da PJ na reforma e autor da prosa, não será o único personagem a aparecer nesta produção televisiva.

O documentário vai ser produzido por Manuel Fonseca, da Valentim de Carvalho, e a maior parte das filmagens decorrerá em Portimão e na Praia da Luz, local de onde desapareceu Madeleine McCann, a 3 de Maio de 2007. "Primeiro vamos trabalhar e depois fazemos declarações. O anúncio formal será noutro momento", disse ao CM Manuel Fonseca, produtor de filmes como ‘Amália’ e ‘A Vida Privada de Salazar’.

 

Fonte: Correio da Manhã

publicado por dina às 20:39 | comentar | favorito
10
Jan 08

Filme sobre Maddie

Já nem precisa de apresentações. Nem a menina, nem os pais, que muita água fizeram correr nos últimos oito meses nos meios de comunicação social nacionais e internacionais.

Pois bem, a notícia agora é o facto dos McCann estarem a estudas propostas milionárias para fazer um filme-documentário sobre o misterioso e mediático desaparecimento de Maddie, com o qual supostamente querem angariar fundos para continuar a procurar pela filha.

 

O fundo "FindMadeleine", criado para ajudar nas operações internacionais de busca da menina, chegou a atingir a soma de mais de um milhão e meio de euros, mas os donativos começaram a  escassear quando os McCann passaram a arguidos. E agora, segundo todas as fontes, já pouco ou nada restará nos cofres. E a questão que tem que se colocar, é que foram somente as viagens que os fizeram gastar estes valores ou realmente usaram-no para pagar os ordenados multimilionários dos advogados e dos detectives contratados?

 

Segundo o vespertino de Londres "Evening Standard", o filme seguiria um esquema semelhante ao da película "Tocando o Céu" e seria rodado pela mesma equipa, sob as ordens do realizador Kevin MacDonald . O filme "Tocando o Céu", de 2002, retratava a luta de dois alpinistas britânicos perdidos na montanha e combinava declarações reais dos protagonistas com dramatizações da aventura.

Em Inglaterra, calcula-se que o filme poderia render aos McCann, pelo menos, um milhão de libras. Simultaneamente, o casal estuda propostas para um livro sobre "o caso Madeleine " e anunciou que vai passar a cobrar dinheiro aos jornais e televisões que quiserem entrevistas.

 

 Agora, mais uma questão ou mesmo desabafo. Deixou realmente de ter importância a procura de uma menina para ser um assunto rentável financeira e mediaticamente para os pais de Madeleine McCann? Sim, porque por exemplo cobrar valores por entrevistas, que apesar de tudo têm interesse social, pois são os familiares directos da menina, já é um exagero para a angariação do fundos...

Mas quer dizer, todo este caso deixou de ser simplesmente a procura de uma menina, há muito, muito tempo...



Fonte: Sapo
publicado por dina às 13:49 | comentar | favorito
17
Set 07

+ uma vez a Maddie

Muito se tem falado na TV sobre o desaparecimento da menina inglesa. Saiu ontem um texto no Jornal de Notícias, em que se ouviu a opinião de alguns especialistas.

 

Pode o caso Maddie ser visto como uma construção social?
 

 
Informação e entretenimento misturaram-se na cobertura deste acontecimento, defende Rogério Santos

Dina Margato

Que o caso do desaparecimento de "Maddie" na Praia Luz levanta enormes questões ao jornalismo e à visão do mundo que transmite aos cidadãos parece consensual. Terá sido a informação fornecida a criar uma história muito para além da notícia? Como se justifica que a notícia do desaparecimento de uma criança seja o mais mediatizado do ano?

 

(perguntas, na minha opinião fundamentais para este caso)


 

 

 

 

Rogério Santos, professor e investigador na área dos média, ressalva que o desenrolar dos acontecimentos foi fornecido "com óculos". Para Felisbela Lopes, professora universitária na área da comunicação, as fontes ditas especializadas, como ex-inspectores da PJ, apresentaram informação mais próxima dos factos do que da opinião. E, sim, considera que houve uma construção social que se sobrep s aos acontecimentos em si. Já a socióloga Isabel Babo-Lança entende que as acções desencadeadas para encontrar a menina se tornaram acontecimentos por si só e deram continuidade à narrativa.

"A cobertura tem sido excessiva, mas compreende-se que os canais [televisivos] também precisassem de substituir o espaço deixado vago pelos incêndios", introduz Rogério Santos. Depois, diz, o tema tornou-se notícia sempre com pequenos desenvolvimentos, que foram alimentando os média, como a visita dos pais ao Papa. O apego da televisão à história, a seu ver, também se explica pelas características dos envolvidos. "A televisão vive de imagens e a família é bonita".

Para Rogério Santos, o acompanhamento - que vê como um misto de informação e entretenimento - acabou por ficar mais barato do que um Big Brother ". "Seguir carros não é fazer jornalismo. Por vezes, os jornalistas pareciam relatadores como os do futebol", nota. A concorrência entre os meios de comunicação tê-los-á empurrado para os longos directos, tantas vezes sem novidades. "Houve exageros, sim". O investigador, que é autor do blog "Indústrias culturais", está convencido de que este caso testemunha bem o enorme poder dos média junto dos cidadãos. Não tem dúvidas em afirmar que a realidade foi transmitida "com óculos", para que fosse focalizada e avolumada.

Comentador de um jornal inglês de referência, "The Guardian", Martin Bell tem opinião semelhante. Lembra que são muitas as crianças desaparecidas, mas nunca como no caso de Maddie essas notícias dominaram a agenda dos média. "Vamos pôr isto claro. Isto é um crime de um tipo ou de outro e uma tragédia familiar. Nem mais, nem menos".

Para a investigadora na área dos média Felisbela Lopes, estamos "claramente, perante um caso de grande construção social da realidade. Ganhou proporções completamente desfasadas". Mais parece, diz, "uma espécie de Second Life'". Felisbela nota uma "preocupação constante de se avolumar tudo o que foi acontecendo". E pergunta "O que terá ficado por noticiar neste período, por o espaço ter sido dado ao 'caso Maddie '?"

A professora faz notar que a organização das fontes por parte da família também foi algo fora de comum. "Eles até falam em separado aos jornalistas ingleses. Organizaram-se desde o primeiro minuto e com profissionalismo".

A sua análise dá prioridade à questão das fontes. "Pede-se informação a quem vai a estúdio e é apenas comentador, sendo que essas pessoas não conhecem a investigação por dentro ou, no caso de psicólogos, nunca falaram ou contactaram com os pais da criança". Dada a escassez de elementos, os jornalistas serviram-se de fontes especializadas - juristas, ex-investigadores da Judiciária e psicólogos - e foi a eles que pediram factos em vez de opinião. Por seu lado, "os especialistas cederam à tentação de lançar factos".

"Este caso dá-nos grandes lições", afirma Felisbela Lopes. "Temos forças policiais que não estão preparadas para lidar com os média" e "grandes lacunas" o nível da informação. Nestas condições, "não se teve capacidade de neutralizar boatos, o que teria sido importante para esclarecer o que não era informação".

Isabel Babo-Lança, investigadora na área da Sociologia da comunicação, vê nas características da família alguns atractivos para os média "Uma família feliz, de médicos, a passar férias". Acrescenta que ao desaparecimento se seguiu um conjunto de acções desencadeadas pelos pais para encontrar a filha que se tornaram eles próprios acontecimentos, criando "uma narrativa em curso". O facto de os pais se terem mantido na Praia da Luz, convertida em "palco" também contribuiu para isso. "É inédito, eu pelo menos não conheço mais caso algum, em que os pais marquem eles próprios a agenda mediática", sublinha.

No seu entender, não foram só os média a construir a história. "As respostas dos pais ao drama criaram um enredo", assinala Isabel Babo-Lança , que não imputa aos média uma pura fabricação dos acontecimentos". Por outro lado, considera que estes "acabaram por transmitir uma forma de ver e julgar o que se passou".


Pode o caso Maddie ser visto como uma construção social?

Tema do ano

O "caso Maddie" lidera nas estações portuguesas este ano. Foi alvo de 1080 peças que duraram 54 horas. Em segundo lugar, segundo a Mediamonitor
, ficam as eleições Intercalares em Lisboa (531 notícias, 23 horas), sucedendo-se a gripe das aves e o escândalo Casa Pia.

30% na última semana

Na última semana (de 6 a 11), os telejornais dedicaram-lhe 30% do seu tempo. A SIC foi a que mais notícias emitiu.

Larry King

Na semana passada, o jornalista abriu uma excepção no seu programa da CNN - não é costume tratar temas não americanos - ao debater o desaparecimento de Maddie . Ouviu juristas, psicólogos e médicos legistas.

 

 

Fonte: Jornal de Notícias, dia 16/09/2007, "Pode o caso Maddie ser visto como uma construção social?"

 

 

 

 

 

 

 

Ao que chegamos...

O caso está tão mediático, ao ponto da CNN, como referiu o texto anterior, falar no caso e o filme "Gone Baby Gone", que falei há dias, ter sido adiada a sua estreia no Reino Unido...

publicado por dina às 10:40 | comentar | favorito
12
Set 07

Maddie em Espanha

 
O caso do desaparecimento da menina inglesa Maddie, como todos nós sabemos não se cinge a dois países: Portugal, onde foi cometido o crime (morte ou rapto) e Inglaterra, de onde a menina é originária. Isto é um assunto que tem feito rolar muita tinta nos meios de comunicação fora, com tanto mediatismo que está à sua volta.
 
 
 
 
 
Desta forma, a TVE (Televisao Publica Espanhola) transmitiu ontem um documentário, com uma hora de duração, com imagens em território nacional e inglês.
Tal como não é difícil descrever este caso, a TVE disse-o com todas as letras: o caso Madeleine transformou-se numa autêntica "novela", com uma "história que foi muito mal contada desde o início".
 
 
 
 
 
Também a cadeia privada Antena 3 dedicou hoje espaço ao caso, que tem merecido grande destaque na imprensa escrita, com um documentário de cerca de 45 minutos que analisou os últimos desenvolvimentos do caso.
 
 
 
 
 
 
publicado por dina às 09:55 | comentar | favorito
11
Set 07

Gaffe e/ ou preguiça?

Ontem, por curiosidade, fiz um zapping por voltas das 20 horas aos telejornais, para saber qualquer a notícia de abertura de cada um.

 

Quer dizer, não havia dúvidas de qual seria: o desaparecimento de Maddie e a investigação policial.

 

O destaque de ontem foi a notícia que em Inglaterra passava através da Sky News, de que o ADN da menina era compatível com o sangue que havia sido encontrado no carro alugado pelos pais, 25 dias depois do desaparecimento da menina inglesa.

 

A surpresa nem foi a notícia, mas o conteúdo da notícia. A TVI noticiou que "o DNA era compatível", já a RTP e a SIC disse que era o ADN.

 

Em pergunta a uma pessoa que tem pouco conhecimento destas siglas, não me soube responder o que era DNA.

 

Agora pergunto eu: se a TVI está massificada para o povinho e a maior parte desse povinho não sabe o que é o DNA, o que se passou?

 

GAFFE e / ou PREGUIÇA em traduzir tudo???

 

publicado por dina às 09:52 | comentar | ver comentários (4) | favorito
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10
Set 07

Ver na TV hoje

Hoje na RTP vai regressar ao nosso ecrã, o programa de debate "Pós e Contras", apresentado pela excelente jornalista Fátima Campos Ferreira.

 

Este regresso fica pautado pelo debate (já muito cansativo e extenso pelos jornalistas e diversos personagens ...!) sobre o desaparecimento da menina inglesa Maddie e de toda a investigação policial.

 

Dão-se como é evidente as boas-vindas ao programa, mas o tema não será o mais apropriado. Portugal não parou, só porque desapareceu a Maddie , filha de pais ingleses. Temos outros assuntos, como a inflação, para abordar.

 

Mas realmente, há que dar o braço a torcer: o português queixa-se, mas nada faz para mudar. No caso, queixa-se, mas não faz nada para saber mais sobre um problema que afecta todos nós, o povinho!

 

RTP - Pontos a abordar:

 

- A actuação da Polícia Judiciária Portuguesa! As críticas dos ingleses!
- A cobertura dos Media! A demora dos resultados das análises no Laboratório britânico!
- O impasse na investigação! No regresso do Prós e Contras o confronto dos especialistas nos vários ângulos de abordagem!
- Maddie ! Quem são os culpados?

publicado por dina às 16:49 | comentar | favorito
10
Ago 07

Hoje

Já estou farta de tanta curiosidade dos meios de comunicação, tanto portugueses como internacionais, à volta do caso da menina inglesa, Madeleine McCann, desaparecida na Praia da Luz, Algarve.

Perdoem-me se pareço insensível, mas parece-me mais uma curiosidade mórbida por parte das televisões, jornais, etc., do que propriamente um serviço de informação à comunidade.

Dito isto por uma pessoa formada em comunicação social...

publicado por dina às 13:01 | comentar | favorito
24
Mai 07

Maddie 3

No passado domingo, o dia foi dedicado ao futebol, ao contrário do que tinha acontecido nos anteriores.

Em Portugal só há um assunto que abafa os outros, que é o futebol e neste caso era a prova mais importante que se realiza no nosso país: a Liga Bwin. Ora, estando os principais clubes do país nos primeiros lugares com uma diferença mínima de pontos, era natural que a emoção fosse ao rubro, para ver quem ganhava este ano.

Neste dia, esqueceu-se que a Maddie, a menina inglesa desaparecida no Algarve, era notícia. Ela deixou de ter importância? Os pais deixaram de se importar com ela? A polícia deixou de trabalhar no intuito de a procurar?

O mais curioso é que isto só vem provar que basta aparecer uma notícia que capte maior interesse por parte do publico, que todas as outras são esquecidas.

As notícias sobre os últimos jogos do campeonato substituíram as relativas à Maddie, mas as notícias da menina substituíram o suposto falso diploma do primeiro-ministro, os aumentos da gasolina e os outros problemas que o país atravessa.

publicado por dina às 22:22 | comentar | favorito