21
Jan 09

As empregadas de balcão também têm direito a contar as suas estórias

Não desfazendo o trabalho das empregadas de balcão (eu mesma nem me importava disso, sempre ganhava algum... estou desempregada como muitos portugueses...) relativamente a esta referência, a francesa Anna Sam, de 29 anos, cansada de ser constantemente desrespeitada pelas várias pessoas que atendeu durante os oito anos em que trabalhou num supermercado, criou um blog e passado um tempo, um jornal publicou um artigo sobre a sua situação. Agora transformou o blog num livro e já está a ser publicado em vários países.

 

Toda a história aqui.

publicado por dina às 14:44 | comentar | favorito
21
Out 08

Declarações - Vicky Fernandes

'Não sou escritora'

Vicky Fernandes, relações públicas nas Câmara Municipal de Óbidos, designer de jóias e não sei se mais alguma coisa, in 24 Horas.

 

Ao menos alguém admite que lá por ter editado um livro, não faz dela uma escritora. Não tendo uma pontinha de 'dor de cotovelo', acho que hoje - apesar de eu não conseguir editar o meu romance - a publicação de um livro se banalizou, pelo menos para certas pessoas...

 

publicado por dina às 19:51 | comentar | favorito
07
Abr 08

Livros - Júlio Magalhães e "Os Retornados, um Amor Nunca se Esquece"

Depois de quatro livros sobre o seu FC Porto e um sobre as noites de domingo com o professor Marcelo Rebelo de Sousa, o jornalista da TVI acaba de escrever "Os Retornados, um Amor Nunca se Esquece", um romance em torno do drama da ponte aérea Luanda/Lisboa nos anos de 1974 e 1975.
 

Excerto da entrevista dada ao SapoFama :

 

Que livro é este?
É um livro que aborda a ponte aérea Luanda/Lisboa em 1974/75, a maior de sempre em Portugal, as vivências e dramas de pessoas que tiveram de abandonar tudo e começar vida nova em Portugal.

A ideia foi sua?
Foi minha, depois de convidado pela editora Esfera dos Livros a escrever um livro histórico romanceado. Escolhi este tema, porque o vivi de perto, eu e toda a minha família.

Quanto tempo demorou a escrevê-lo?
A desenvolver ideias, fazer investigação e escrever, tudo junto demorou oito meses.

Já está a pensar no próximo?
Já. A editora quer continuar no próximo ano. Vamos ver se tenho tempo.

Fonte: SapoFama

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02
Abr 08

Livros - O novo livro de Pedro Paixão

Pedro Paixão é um dos meus autores portugueses preferidos e agora vai editar um novo livro, intitulado "Rosa Vermelha em Quarto Escuro", sendo que nas palavras do escritor, é um livro "biográfico e não autobiográfico".

 

"Não tenho qualquer imaginação, tudo o que escrevo tem a ver comigo"

 

Fonte: Diário Digital

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01
Out 07

António Lobo Antunes

Admiradora como sou do escritor António Lobo Antunes, não podia deixar de colocar um excerto de uma entrevista concedida ao Diário de Notícias, ontem.

  

(...)

Diário de Notícias - De vez em quando ameaça que só escreverá mais dois ou três livros. Perdeu a vontade?

Antonio Lobo Antunes - Não só não é isso que eu tenho vontade como tão-pouco é uma ameaça. Está muito mais relacionado com o medo de não ser mais capaz de escrever. Aparece a cada livro que acabo e pergunto-me se serei capaz de fazer um próximo. Ninguém que escreva a sério vai poder dizer isso. Também é uma espécie de negociação com a morte, deixa-me escrever mais um, mais dois, mais três... Gostava de ter tempo para escrever outro e arredondar o trabalho, é um círculo que ainda não está completo.

Quantos livros faltam para fechar esse círculo. Só mais um?

Gostava que fossem mais porque o círculo vai aumentando sem nos darmos conta. Eu gostava de viver mais duzentos anos mas é improvável que os tenha.

Sofre muito ao escrever?

Há instantes de intensa felicidade - às vezes sinto as lágrimas a caírem-me pela cara - e momentos de grande irritação porque num dia consigo fazer meia página e no noutro só três linhas. O material resiste, as palavras não chegam, o livro não sai. Normalmente as primeiras duas, três horas são perdidas, os mecanismos sensórios ainda estão muito vivos. Então, quando começo a estar cansado, as coisas começam a articular-se com mais facilidade. É como quando estamos a dormir e de repente temos a sensação de termos descoberto os segredos da vida e do mundo, mas sabemos que estamos a dormir. Lutamos para acordar e quando chegamos à superfície não temos nada, diluiu-se enquanto fomos subindo. Quando consigo um estado próximo dos sonhos é muito mais fácil trabalhar e só o tenho estando fatigado.

(...)
O cancro está controlado?

Está controlado, neste momento o que faço são revisões periódicas. Claro que pode haver uma surpresa - pode haver sempre! - mas até agora tem estado tudo bem. É óbvio que na véspera de uma revisão estou tenso e fico assim até saber o resultado mas também sei que se houver um problema o Henrique (o cirurgião) vai lá e resolve-o. Preciso de tempo, preciso desse tempo, preciso ainda de trabalhar.

Está a lutar contra a morte apesar dela estar sempre presente nos seus livros...

Espero que a vida também! É inútil lutar contra a morte tal como é inútil lutar contra a vida. É inútil porque a morte é uma puta - desculpem o palavrão mas é a única palavra que encontro. Quando o meu pai morreu, o padre que foi rezar a missa disse que detestava aquilo porque nós não fomos feitos para a morte. De facto não fomos... Há pessoas de quem gostávamos e que já não podemos tocar e ver e cuja morte foi tão injusta. Ainda no sábado fui a enterrar um camarada da guerra que morreu num acidente de automóvel. Foi muito comovente ver aqueles homens duros, que fizeram a guerra, a chorar como crianças. Eu chorei também, gostava muito dele e agora quando nos reunirmos ele não vai lá estar. E não faz sentido que o Zé não esteja. Eu tenho que viver pelo meu pai, pelo Cardoso Pires, pelo Melo Antunes, estão dentro de mim até eu acabar.

Como contrariar a morte?

Ela corre mais depressa do que qualquer um de nós e a única coisa que posso fazer para contrariar é escrever, a única duração que posso ter é a que os livros tiverem. E aborrece-me que seja assim, é injusto que seja assim, embora haja momentos em que todos nós desejamos morrer, de desânimo e solidão. Há momentos em que quase temos inveja dos mortos porque a vida nem sempre é agradável e fácil mas, agora depois de ver as pessoas lutarem no hospital, senti que muitos pensamentos que tinha eram indignos perante tanta grandeza.

(...)

O título do seu último livro vem da Bíblia?

Estava a passear no Evangelho e apareceu-me. Foi a primeira vez que fui à Bíblia, não tinha título nenhum, não sabia como havia de o chamar e de repente tropeço naqueles versículos do Evangelho de São Lucas e pensei: é isto.

(...)
Quando está a escrever nunca se sente como se estivesse no divã a tirar coisas de si?

Eu nunca deitei ninguém em nenhum divã e se o fiz ao longo da vida foi para me deitar lá também, não era para ficar a ouvi-la falar. A sensação que tenho é que estamos na idade da pedra do conhecimento, do entendimento humano e das emoções. Não sabemos nada, eu pelo menos sei muito pouco. Isto só tem a ver com a humildade, não sou vaidoso, apenas tenho orgulho. Sei mais ou menos qual é o meu lugar enquanto escritor e o resto da minha vida não é importante, falar da minha vida privada não tem importância nenhuma, os livros sim podem ser importantes mas eu até acho que todos deviam ser publicados anonimamente, sem nome de autor. Isso eliminaria imensos problemas.
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sinto-me:
28
Set 07

Confidential - um livro sobre os famosos

Chegou hoje às bancas inglesas, um livro que retrata o quotidiano dos famosos, chamado Confidential. São 300 imagens que "satsifazem a curiosidade voyeurista que muitos têm sobre a vida das celebridades, em situações que poderiam ser reais".

 

Poderiam porquê? Neste caso, o livro da fotógrada Alison Jackon retrata somente situações possíveis e não reais, porque as suas figuras não passam de sósias de alguns famosos.

 

Madonna é flagrada a passar a roupa a ferro, a rainha Elizabeth II de calcinhas arriadas, sentada na sanita; Mick Jagger, a receber uma aplicação de colageno nos lábios e muitos outros.
 
Cliquem aqui para ver e riam-se um pouco.
 
 
 
a capa do livro
 

 
Fonte: BBC Brasil
publicado por dina às 14:54 | comentar | favorito
sinto-me:
19
Ago 07

V for Vendetta

 

V for Vendetta é uma série de histórias em quadrinhos escrita por Alan Moore e em grande parte desenhada por David Lloyd.

No ano passado, apareceu nos cinemas a adaptação desta banda desenhada. Protagonizada por Hugo Weaving (Matrix) e Natalie Portman (Star Wars), o filme não foi um sucesso estrondoso de bilheteira, mas sinceramente aconselho a ver. Tive a oportunidade de ver hoje o filme e para quem tem gosta de temas como as sociedades totalitárias, é fantástico visualizar o filme.

 

É de facto um filme de acção produzido pelos irmãos Wachowski, mas faz-nos questionar sobre diversos assuntos, o que não é habitual para um filme deste género.

V for Vendetta passa-se num futuro totalitário, desta feita no Reino Unido, depois de uma grande guerra, que destrói o grande país que é os EUA.  

Uma das imagens iniciais do filme começa com Evey (Natalie Portman ) a não cumprir o recolher obrigatório e ficando numa situação perigosa, arriscando-se a ser violada e/ou morta. É salva então por um homem mascarado, que se intitula por V (o fantástico Hugo Weaving ).

No fundo, V é fruto de uma sociedade totalitária (como já é habitual em todas as histórias que abordam este tema) e que se insurge contra o silencio e quietude das pessoas, imposta pelo governo. Inicia uma vingança de um ano, que tem início no dia 5 de Novembro, data marcada pela morte de Guy Fawkes , um reformista católico, que tentou rebentar as Casas do Parlamento em Westminster, e assim assassinar o rei protestante.

Duas ideias principais do filme: uma é a que V faz passar, de que o povo não deve temer o governo, mas sim o inverso e a segunda é a de que os media são o forte aliado do governo totalitário (no nosso caso actual, de um governo democrático, definição dúbia).

 

Sem querer revelar muito mais da história para quem quiser ver, há no entanto diversas imagens que devem ser realçadas:

- herói ou terrorista? V é um homem que tenta derrubar o governo totalitário, mas que usa a força para atingir o seu objectivo. Há uma ténue fronteira nesta distinção, que será mais adequado ser deixado ao critério do espectador decidir qual V é. Há uma imagem de V em que ele aparece com explosivos agarrados à volta do peito, lembrando na perfeição os terroristas islâmicos que nos assombram nos dias de hoje;

- Natalie Portman  é uma actriz nascida em Israel; 

- ela aparece de cabeça rapada, depois de ter sido "processada", fazendo recordar as imagens que temos dos campos de concentração, depois de ter sido presa pela polícia secreta de Sutter (chanceler britânico, o poder máximo daquela sociedade);

- é através da personagem de Natalie Portman , a Evey , que entretanto por força das circunstâncias se torna o braço direito de V, que se questiona se a violência pode ser justificada e se os actos terroristas são apenas o reflexo de ideiais reprimidos durante décadas;

- há ainda referencia à opressão das minorias religiosas e aos homossexuais;

- não escapam também referências a dois marcos do tempos que correm: a bandeira do nazismo e o livro do Alcorão.

 

Não comento a realizção e produção do filme, apenas quero realmente falar sobre o tema do filme. Estava com alguma expectativa sobre o filme e de facto surpreendeu-me pela positiva.

Não conheço a BD, mas quem tiver a oportunidade de ler livros que abordem este tema (sociedades totalitárias) deixo aqui algumas indicações: "1984" de George Orwell, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e "Fahrenheit" de Ray Bradbury.

 

   

publicado por dina às 00:49 | comentar | favorito
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