Afinal é notícia 'quando o cão morde o homem' quando se trata de...
... Diego Maradona. El Pibe foi morido por um dos seus cães e isso é notícia...
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Foi lançado ontem um livro sbore a substituição do jornalismo negativista pelo jornalismo cívico.
A notícia é do JN.
'O que começou por ser uma opção ocasional dos telejornais portugueses passou a tendência confirmada: as notícias mais dramáticas são as mais valorizadas. E tanto melhor se forem negativas. Quem o diz é o investigador e jornalista Nuno Brandão.
Se de cada vez que vê o telejornal julga compreender um pouco melhor a realidade, exercite o seu sentido crítico. Segundo o académico Nuno Goulart Brandão, as notícias televisivas tendem a gerar "choque" e "emoção", e "distorcem as percepções que fazemos da realidade", enchendo-nos de negativismo.
(...)
Nuno Brandão considera-o um dos pecados do jornalismo: o que é negativo ou sensacional é notícia. O que não é, não existe. Para valerem audiências, os telejornais tornam-se um "catálogo de horrores". Uma tendência que, em Portugal tem pelo menos dez anos. As catástrofes e os acidentes disputam a liderança dos telejornais da RTP1, SIC e TVI com a política nacional e o desporto.
Segundo o investigador e professor do Instituto das Novas Profissões, hoje não escapamos a uma informação televisiva "assente em valores negativos que acentuam acontecimentos espectaculares, geradores de notícias dramáticas e cheias de emoção".
As pessoas já "estão formatadas para um determinado registo", defende o investigador, perguntando-se: "Como é que se pode dinamizar a sociedade se aquilo que ela vê constantemente é brutal e negativo?" A resposta está no "jornalismo cívico", diz Brandão, definindo-o como "promoção e desenvolvimento de valores positivos e da cidadania".
"O empobrecimento informativo não é necessariamente uma moda actual", acrescenta José Miguel Sardica, professor de História dos Media na Universidade Católica.
(...)
Para Miguel Sardica, a investigação de Nuno Brandão confirma "o que se sente ser uma tendência para a tabloidização da informação quotidiana e para o registo choque na abertura dos telejornais". Na sua opinião, esta estratégia "responde ao lado voyeurista do espectador".
Mas Nuno Brandão conclui que "a televisão pode e deve passar uma mensagem de esperança, positiva. Veja o que fez Obama nos EUA. A mensagem do 'Yes we Can' transferiu-se para os media com sucesso".
Ao que parece os responsáveis pela televisão da Geórgia só agora descobriram o poder deste meio de comunicação... Não entenderam é que o povo leva muito a sério determinadas notícias, especialmente no que diz respeito à sua própria sobrevivência...
Ora leiam aqui.
Esta é uma notícia que saiu no JN e reza assim:
'A aparição das mulheres nas notícias aumentou nos últimos anos, mas os jornalistas ainda preferem falar com homens, já que apenas uma em cada quatro pessoas ouvidas ou lidas nos média é mulher. Os dados fazem parte de um relatório internacional.
Segundo o projecto "Global Media Monitoring Project", citado pela agência Lusa, que, de cinco em cinco anos, analisa em 130 países - incluindo Portugal - toda a informação produzida por jornais, rádios e televisões, apenas 16% das notícias são especificamente sobre mulheres'.
É interessante este estudo, visto que raramente uma pessoa está atenta a se o jornalista entrevista um homem ou uma mulher.
A estação televisiva boliviana PAT acreditou num boato disseminado pela Internet e exibiu imagens da série norte-americana 'Lost' (em Portugal tem a designação de Perdidos) como se fossem fotografias capturadas durante o desastre do voo AF 447 da Air France, que caiu no mar após descolar na noite de 31 de Maio, do Rio de Janeiro, no Brasil, com destino a Paris, em França.
Fonte: DN
Não somos só nós que fazemos maus jornalismo...
A partir de agora, qualquer pessoa pode ser jornalista no Brasil (há uns anos largos em Portugal também era assim e vemos ainda muitos profissionais - maus ou bons, não interessa - com cursos de psicologia, por exemplo, a exercer jornalismo...).
Por nove a um, o Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção da lei. O presidente do STF, Gilmar Mendes, relator do caso, votou pela extinção da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Segundo Gilmar Mendes, é diferente para médicos, engenheiros, arquitectos e outras profissões. No caso de jornalistas, não há risco para a sociedade, ou dano irreparável, se uma pessoa sem curso superior específico, nem mesmo sem curso superior, exercer a profissão.
"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a colectividade. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) era a favor da exigência, enquanto a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) defendia a tese que foi vencedora.
Gilmar Mendes, disse também que novas categorias profissionais poderão ser desregulamentadas. Mendes não explicitou quais, mas especula-se que a liberalização poderá ser ampla.
O presidente do Supremo deu como exemplo, ao libertar o jornalismo de exigências, que, também na culinária, mais vale o pendor individual do que qualquer curso de formação. A decisão da Justiça afirma que só devem ser regulamentadas profissões nas quais o exercício por leigos causaria dano à sociedade e a pessoas. "Se não houver necessidade de conhecimento científico, vai ser considerada inconstitucional a exigência do diploma também noutras profissões", declarou ainda Gilberto Mendes.
No caso do jornalismo, Mendes citou que, nos blogues já há muita comunicação de notícias, sem qualquer regulamentação. O presidente do STF explicou que, a partir de agora, quem fará o controle será a empresa jornalística.
O maior grupo empresarial brasileiro, a Globo, expediu comunicado no qual elogia o fim da exigência de diploma. Já o presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, qualificou a decisão como "um retrocesso".
Fonte: DN
O programa «Clube de Jornalistas» da RTP2 desta quarta-feira vai debater, a partir das 23:30, a entrevista de Manuela Moura Guedes a António Marinho Pinto, emitida em directo no Jornal Nacional da TVI de 22 de Maio.
Foram convidados Francisco Sarsfield Cabral, o antigo director de informação da Rádio Renascença; e Marinho Pinto, bastonário da ordem dos Advogados. Manuela Moura Guedes recusou o convite.
O episódio «veio dar razão a quem chama a atenção há muito tempo para a degradação progressiva do jornalismo português», segundo informação divulgada pelo website do «Clube de Jornalistas», que acrescenta que «A credibilidade tem-se esvaído entre a mediocridade técnica e o aviltamento deontológico». «É urgente um debate alargado que envolva todas as componentes do processo jornalístico», defende.
O programa vai apresentar depoimentos de Estela Serrano, membro da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC), que avançou com uma deliberação que recriminava a informação da TVI; e de Orlando César, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, que considerou «reprovável» o desempenho de Moura Guedes naquela edição de 22 de Maio, avança o Público.
Fonte: Diário Digital