_-_ Estórias da Carochinha _-_

Os países da União Europeia devem ter mais atenção ao mercado e às necessidades específicas da sociedade antes de lançarem novos serviços públicos de media. Esta é uma das novas regras de apoio estatal para operadores de serviço público de radiodifusão aprovadas pela Comissão Europeia (CE).

A comunicação adoptada, que substitui a de 2001, exige que os serviços públicos de radiodifusão – que incluem TV, rádio e internet – cumpram "regras leais de concorrência com os privados", nomeadamente no que respeita a lucros com concursos, e que sejam sujeitos a maior controlo nas regras de financiamento e no cumprimento da missão de serviço público, explicou ao CM o deputado socialista Arons de Carvalho.

O presidente da União Europeia de Radiodifusão, Jean-Paul Philippot, lamentou a "introdução de um mecanismo único" para definir a função de serviço público, que deveria, no seu entender, reflectir a diversidade social e cultural de cada País. Mas vários representantes do sector dos media, entre os quais o European Publishers Council, presidido por Pinto Balsemão (dono da SIC), aplaudiram o novo texto.

Viviane Reding, comissária para a Sociedade de Informação e Media, diz que as regras vão conferir "maior segurança jurídica ao sector da comunicação social na Europa". Na UE gasta-se cerca de 22 mil milhões de euros anuais em ajudas ao sector público de radiodifusão.

Fonte: CM

A ideia que nós tínhamos de uma Europa unida no final dos anos 80 e no decorrer da década de 90 já era. É claro que estamos a falar no contexto televisivo, com os marcos dos 'Jogos sem Fronteiras' (que Portugal parava para ver) e o 'Festival da Canção'.

O Festival da Canção este ano vai realizar-se na Rússia e polémica é a palavra de ordem.

Ora vejamos:

1 - a Geórgia foi desclassificada, por alegadamente, possuir frases contra o governo Russo, e fazê-lo é infringir uma das regras da “Eurovisão”, a de as letras das músicas não poderem possuir mensagens de conteúdo político. A música era intitulada por “We don't wanna put in” (Nós não queremos Putin, segundo entenderam os russos). A Rússia considerou tal frase um ataque ao governo Russo, e agora, a Geórgia está fora do Festival;

2 - a Suécia corre o risco de ser boicotada, porque foi transmitida uma paródia musical - durante a final do concurso sueco - que não agradou aos russos. A paródia tinha os humoristas “Grotesco” como protagonistas, que vestiram-se de bonecas russas, mas estas tinham uma particularidade, estavam quase despidas. Conforme o Correio da Manhã, sobre o momento do programa, o embaixador da Rússia na Suécia, considerou o momento de “asqueroso”.
 

Ora, o que os russos vão alegar mais? Não estarão a sofrer do síndrome da perseguição ou algo do género? Não vivemos numa sociedade (pelo menos a ocidental), em que temos liberdade de nos expressar?

O Eurovisão já não o que era e o que tem contribuído para isso nos últimos anos é a menor participação dos países da Europa ocidental e uma maior da Europa de leste e com isto uma contínua votação de amizade. O que isto quer dizer, e que se evidenciou especialmente no último Festival, é que os países (as pessoas claro está através dos telefonemas!) da Europa de leste essencialmente votavam entre si.

A polémica foi grande, maior do que nos anos anteriores, e ao que consta, os responsáveis vão alterar então o sistema de votação. A partir da próxima edição, em Moscovo, "os votos vão ser repartidos entre o público e um júri especializado". Ou seja, iremos ter na mesma a votação telefónica, mas também uma opinião sustentada a emitir por entendidos na matéria.

Agora, eu pergunto: no Festival Europeu do Dança Comigo (não sei se é assim que se chama), também houve uma votação deste género, mas me pareceu que o resultado foi praticamente o mesmo...

Fonte: Novelas Nacionais